Cabeamento Estruturado

Cabeamento Estruturado

  • Conceito

          Um sistema de Cabeamento Estruturado consiste no conjunto de medidas que se  completam, visando promover soluções para viabilizar a conectividade de uma rede de telecomunicações existente, seja em uma edificação industrial, comercial ou residencial.

  • Importância de um Sistema de Cabeamento Estruturado

          A importância de um sistema de Cabeamento Estruturado é garantir o correto e eficiente uso de internet, telefone e dados (VoIP), além de outros subsistemas, como CFTV, Controle de Acesso, Video Conferência sob Demanda (VaaS) entre outros.

 

  • Objetivo de um Sistema de Cabeamento Estruturado

          O objetivo fundamental de um sistema de Cabeamento Estruturado é organizar e unificar as instalações de cabos existentes e os novos sistemas de cabeamento em uma rede de telecomunicação. Estima-se que cerca de 70% dos problemas que ocorrem em uma rede de telecom são causados pela ausência de um bom sistema de cabeamento estruturado.

 

  • Vantagens de optar por um Projeto de Sistema de Cabeamento Estruturado

          A escolha por um Projeto de Sistema de Cabeamento Estruturado pode trazer uma série de vantagens para seu negócio, tais como:

  • redução de custos em caso de precisar realizar novas instalações;

  • facilidade para efetuar mudanças de ramais;

  • manutenção feita de forma mais ágil e segura;

  • prevenção mais assertiva acerca de panes e indisponibilidades;

  • livre total de circulação de dados internos;

  • gerenciamento de sistema facilitado;

  • transferência de dados em diversos formatos, entre outros.

 

  • Normas empregadas em um Sistema de Cabeamento Estruturado

          Para a elaboração de um bom projeto de Cabeamento Estruturado e a garantia de seu correto desempenho e funcionamento, existem regras que devem ser observadas, empregadas e respeitadas. Essas regras estão explícitas em normas específicas, elaboradas por órgãos e associações internacionais renomadas voltadas para este seguimento. Os principais órgãos são:

  • IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineers);

  • TIA (Telecomunications Industry Association);

  • EIA (Eletronics Industry Association)

          No Brasil as normas são gerenciadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), baseadas nas normas internacionais vigentes, e são elas:

  • ABNT NBR 16264 - Cabeamento Estruturado Residencial

  • ABNT NBR 16521 - Cabeamento Estruturado industrial

  • ABNT NBR 14565 - Cabeamento Estruturado para Edificações

  • ABNT NBR 16665 - Cabeamento estruturado para data centers

          Já as normas internacionais vigentes são:

  • EIA/TIA 568A/B - Padrão de Ligação de Cabeamento para Telecomunicação;

  • EIA/TIA 568A - Rotas e Espaços para Cabeamento para Telecomunicação;

  • EIA/TIA 570 - Cabeamento Estruturado Residencial;

  • EIA/TIA 606A - Administração para Infra-Estrutura de Telecomunicações em Edifícios Comerciais;

  • EIA/TIA 607A - Sistemas de Aterramento para Telecomunicações em Edifícios Comerciais;

 

  • Componentes empregadas em um Sistema de Cabeamento Estruturado

          O sistema de Cabeamento Estruturado é composto por um conjunto de dispositivos e condutas que permite a conectividade da rede de telecomunicações. Entre eles estão:

  • Entrada do Edifício: é o ponto de conexão entre o cabeamento externo e os servidores disponibilizados na entrada no edifício;

  • Sala de Equipamentos: é o espaço em que estão armazenados os principais equipamentos ativos da rede (PABX, servidores, roteadores, entre outros);

  • Cabeamento Horizontal: é o conjunto de cabos responsáveis por realizar as conexões entre a sala de telecomunicações e a área de trabalho, ou seja, passando o cabeamento pelos nichos de trabalho de todos os recintos dentro do mesmo pavimento;

  • Cabeamento Vertical (Backbone): é o grupo de cabos que promovem a integração entre a sala de telecomunicações, as salas de equipamentos e os pontos de entrada;

  • Sala de Telecomunicações: é a área onde os equipamentos e cabeamentos estão locados, sendo o ponto de conexão entre o backbone e o cabeamento horizontal;

  • Área de trabalho (estação de trabalho): é o local no qual o usuário opera seus equipamentos de comunicação (notebooks, desktops, telefones, entre outros);

  • PatchPanel: é um equipamento constituído de diversas portas de rede que permite uma melhor organização de todo o cabeamento. Sendo assim, todas as terminações são conectadas na parte traseira, de forma que nenhum cabo fique solto ou dependurado;

  • KeyStone: Ele é o conector fêmea utilizado em conjunto com caixa de sobrepor para conexão com o cabo de rede;

  • PatchCord: cabo contendo em cada ponta um conector RJ45 macho, sendo utilizado para interligar computadores e estações de trabalho aos painéis patch panels, às tomadas da rede de comunicação de dados e interligar switches a outros equipamentos.

 

 

 

 

  • Confiabilidade de um Sistema de Cabeamento Estruturado

          Um Data Center, coração do sistema de Cabeamento Estruturado, armazena a grande moeda do século, o dado. Por este fato, deve ser capaz de funcionar 24h por dia e 7 dias por semana para garantir a atividade dos negócios dos clientes, pois para diversas empresas, ficar “fora do ar” não é uma opção. Segurança e disponibilidade desse bem tão precioso são requisitos críticos para avaliar a qualidade de um Data Center.

          Quando uma interrupção não programada (downtime) é gerada e o Data Center “sai do ar”, as informações corporativas se tornam indisponíveis, ocasionando prejuízos de todas as espécies a todos que de certa forma encontram-se ligados a este. De acordo com pesquisa realizadas sobre o assunto, os prejuízos de downtimes em  Data Centers de tamanho médio, 90 minutos de indisponibilidade representam um custo de US$ 505.500,00.

          Geralmente essas interrupções não programada (downtime) causam:

  • perda ou corrupção de dados;

  • queda na produtividade;

  • perda de receitas;

  • danos a equipamentos;

  • custo de reparação do problema e identificação de suas causas;

  • repercussões legais;

  • impactos negativos sobre a reputação e confiança entre os acionistas das empresas afetadas.

          Por esses motivos, é cada vez maior o número de grandes e pequenas corporações investindo em ambientes com elevada confiabilidade.

 

  • Certificação TIER para Sistema de Cabeamento Estruturado

          TIER, uma palavra inglesa que dignifica camada ou nível, é  a uma certificação de sistema de redes e dados que classifica e mensurar o nível da infraestrutura de um local destinado a implantação de um centro de processamento de dados (CPD).

          Esta classificação TIER é justamente o que estabelece os níveis de operação, ou seja, aponta o quão preparados os Data Centers estão para evitar problemas de infraestrutura, que podem comprometer seu funcionamento, prejudicando a segurança das informações e a conectividade que gera acesso contínuo aos dados.

          A Certificação TIER é realizada pelo Uptime Institute Professional Services, único fornecedor de consulta e Certificações para o sistema de Classificação TIER, que passou a ser adotada em meados da década de 90 e hoje é um padrão aceito em mais de 40 países.

 

  • Procedimento de Certificação TIER para Sistema de Cabeamento Estruturado

          O sistema TIER é classificado em quatro níveis (I,II,III,IV), cujo objetivo é comparar o grau de capacidade, funcionalidade e a disponibilidade de um Data Center.

          O sistema TIER é classificado em quatro níveis (I,II,III,IV), e tem como função comparar a funcionalidade, capacidade e a disponibilidade de um Data Center. Neste conceito de classificação, quanto maior é o grau de classificação, maior é a redundância da infraestrutura e menor é a probabilidade de paradas em caso de crise.

          Neste sistema de classificação TIER, redundância deve ser entendido como uma duplicidade de sistemas, equipamentos e outros fatores, cujo objetivo final é evitar o tempo de parada (downtime) por motivos de falhas, manutenção preventiva e/ou corretiva.

          A classificação dos quatro níveis da TIER são:

  • TIER I: Classificação Básica;

  • TIER II: Data Center redundante

  • TIER III: Sistema Auto Sustentado

  • TIER IV:  Alta Tolerância a Falhas

 

  • Classificação TIER I para Sistema de Cabeamento Estruturado

          Este nível fornece condições básicas para atender os equipamentos de TI, não havendo obrigatoriedade de qualquer componente redundante da infraestrutura. Algumas das necessidades exigidas são:

  • No-Breaks (UPS);

  • Sistemas de climatização completos;

  • Geradores de energia com seu sistema de recirculação de combustível (tanques, bombas de combustível)

  • e tudo isso é exigido que funcionem corretamente para toda área crítica de TI pensada para o Data Center. 

          Apesar de todo esse aparato, durante manutenções corretivas ou preventivas o serviço não é capaz de ser mantido de forma contínua, tendo que ser suspenso ou paralisado. É um nível ideal para pequenos negócios onde a Tecnologia de Informação esteja focada nos processos internos.

          Os requisitos mínimos para uma Certificação TIER I são:

  • 99,671% de uptime (tempo de atividade);

  • Não há exigência de  redundância;

  • Pode sofrer 1,2 falha de equipamentos ou infraestrutura de distribuição por ano.

 

  • Classificação TIER II para Sistema de Cabeamento Estruturado

          Este nível atende todos os requisitos da classificação anterior. Têm como diferencial uma infraestrutura parcialmente redundante, que oferece um pouco mais de agilidade em serviços de manutenção, fazendo com que as paradas sejam apenas uma por ano, ajudando a reduzir os impactos dos equipamentos por conta de falhas na infraestrutura. 

          Este nível é voltado para pequenas instalações, cuja a criticidade do negócio é maior, podendo não suportar indisponibilidades durante horário comercial.

    Os requisitos mínimos para uma Certificação TIER II são:

  • 99,749% de uptime;

  • 22 horas de inatividade por ano;

  • Redundância parcial em energia / refrigeração.

 

  • Classificação TIER III para Sistema de Cabeamento Estruturado

          Este nível também atende todos os requisitos da classificação anterior. Além disso, possui redundância suficiente para garantir que qualquer manutenção preventiva possa ser realizada em toda a infraestrutura sem que haja necessidade de se suspender nenhum serviço crítico de TI. 

          Para que esta condição seja alcançada, é necessário que exista uma instalação que proporcione diversos caminhos elétricos e fontes redundantes para o suprimento de todo os equipamento de TI.

          Esse nível é ideal para empresas que que disponibilizam suporte 24h x 7 dias na semana, clientes cujos recursos de tecnologia de informação suportam processos de negócios automatizados e empresas com vários turnos de horários com clientes e funcionários em diversas áreas regionais.

          Os requisitos mínimos para uma Certificação TIER III são:

  • 99.982% de uptime;

  • 1.6 horas de inatividade por ano;

  • 72 horas de proteção contra interrupção de energia.

 

  • Classificação TIER IV para Sistema de Cabeamento Estruturado

          Este nível também atende todos os requisitos da classificação anterior. Somado a isso, esta categoria é completamente redundante ao nível dos circuitos elétricos, de arrefecimento e de rede, permitindo superar qualquer cenário de incidentes técnicos sem jamais interromper a disponibilidade dos servidores no local.

          Os requisitos mínimos para uma Certificação TIER IV são:

  • 99,995% de uptime;

  • Redundância integral;

  • 96 horas de proteção em casos de queda de energia.

 

  • Considerações

          É importante destacar que cada empresa  possui necessidades diferentes e ao escolher por um Data Center, é necessário avaliar tais necessidades para uma correta especificação.

          E, claro, escolher um Data Center que possui todas as exigências que seus negócios precisa vai te garantir tranquilidade, disponibilidade, menor tempo de resposta e o principal: a segurança.